A maior aglomeração de barbudos, gordos e tatuados da América do Sul estava em frente ao Inferno Club, esperando ansiosamente para ver o show que, fora dos padrões da esmagadora maioria das casas de shows de São Paulo, estava marcado para às 18 horas de um sábado.
Uma fila imensa se formou na porta, que só abriu depois das 18h30. Acostumados com filas imensas e lentas, essa que se formou ao longo da calçada da Augusta foi surpreendentemente rápida. O atraso da abertura passou desapercebido quando todos entraram num Inferno fresquinho e amigável.
Show de abertura eficiente do Grindhouse Hotel, que depois de algumas músicas deixou uma pergunta no ar: por que diabos o Róger Marx (guitarrista de boné, de voz mais grave) não acompanha em todas as músicas? Bastou o cara urrar no microfone para dar uma baita injeção de ânimo.
E aí o Inferno já havia virado o Inferno, em termos bíblicos. Absolutamente lotado, com o ar condicionado vencido e a expectativa na Lua. Os roadies e os próprios membros da banda entram para montar o palco, entre acenos e goles de cervejas. E se tem uma coisa que eu respeito nesse mundo são bandas que montam o próprio palco.
Começa esse que foi (até agora) o maior show de rock na terra papagalli no ano de 2012. Quem era platéia estava radiante. Quem era banda estava grato por poder tocar ali. E o som, meu deus, estava fantástico.
Pancada atrás de pancada, teve duração suficiente para aguentar a hecatombe de euforia, cerveja e suor. Aaron Beam, o baixista e vocalista, falou tudo: “Nós íamos apenas pra Brasília e nos falaram para vir pra São Paulo. Agora eu sei por que.” E tome riff na cabeça.
Foi ótimo e surpreendente, o show em si e o público que abarrotou o Inferno. No canal do Dangerladz no Youtube, de onde saíram esses vídeos acima, dá pra ver nove ótimas músicas do show. Incluindo os hits youtubais Wires, Hank is Dead e o clipe que é uma linda homenagem aos jogos de RPG, o Prehistoric Dog.
E Que venham mais bandas de pequeno, médio, grande e gigantossaúrico porte para São Paulo, com a mesma qualidade de som, horário decente e preços razoáveis.
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Agora dá licença que eu vou juntar dinheiro e feminilidade pra conseguir ver a Feist no Cine Jóia. Na apresentação do dia 22/10, porque dia 23/10 é aniversário do Pelé. E do meu pai.
E pra vocês que acham que eu não tenho critério e fico absolutamente deslumbrado com bons shows e chamo qualquer coisa de show do ano, só digo uma coisa: vocês acertaram.
MAS, para conseguir estabelecer algum critério, segue o top 5 de shows de 2012:
MAS, para conseguir estabelecer algum critério, segue o top 5 de shows de 2012:
1. Red Fang, no Inferno
4. Mogwai, no Sónar
5. Gogol Bordello, no Loolapalooza
Um comentário:
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