quarta-feira, 21 de maio de 2008

Marveloso


Quadrinhos e os filmes sempre foram duas de minhas paixões que, na maioria das vezes, sempre estiveram muito distantes. Cada qual tinha seus gênios, suas obras-primas, ídolos indies e toda a papagaiada que as artes de alcance gigantesco costumam ter.

Antes, todas as adaptações eram mequetrefes, feitas para tv, com atorzinhos sem vergonha, principalmente os meus preferidos anti-heróis 80/90 legais da Marvel. Óbvio que os clássicos da DC, como os dois primeiros Batmans sensacionais dirigidos por Tim Burton (Jack Nicholson com Coringa, Danny de Vito como Pingüim e Michelle Pheiffer como Mulher-Gato que o digam) e os Superman com Chirstopher Reeve, tinham seu charme, mas faltavam os Marvelosos!

Achei pérolas horrorosas ns locadoras, como um Homem Aranha que não existe nem o grande oráculo audiovisual IMDB, que o Peter chamava algo como Pedro e desistia da vida de herói porque machucava o braço. Ou o Hulk de mullets verdes, o Capitão América de lantejoulas ou o Justiceiro feito pelo Dolph Lundgren. Êta terror.









Hediondos.

Bom, mas ultimamente tenho visto coisas fantásticas nos cinemas, como o mais que digno Homem de Ferro. O gibi sempre foi bestinhas, visto que disputava o espaço na estante com estórias apocalitobombástiexplosivas do Homem-Aranha, X-men, Deadpool e do tsunami que foi o Massacre, matando geral.

E agora ele reaparece lá, com o rei Robert Downey Jr. fazendo o Tony Stark, o prayba.Ô pessoalzinho irresponsável!

Tudo é super unilateral e tão propagandístico que nem tentam disfarçar. O vilão É SIM afegão, tá? Só a falta de escrúpulos é estadunidense, a maldade pura é dos afegãos opressores. Mas esse olhar simplista de um ambiente complexo, que só transformaram o heróis pelas circunstâncias, é perfeito! Como a visão burra de um americano mimado seria minimamente coerente se ele se postasse contra os EUA? É grudado ao personagem, que não passa de um muleque de 16 anos maior de idade, inteligente, malaco, pretensioso e com brinquedos caríssimos.


Fiquei realmente feliz, ainda mais depois de ver o assassinato-com-requintes-de-crueldade que fizeram com o pessoal do Quarteto, com o Justiceiro, O Demolidor e O Motoqueiro Fantasma, obras que deveriam ser queimados e abolidas.

Além da produção ser fudida, a cena final me deixou curioso e apreensivo. Depois dos fantásticos créditos (falados pelo Merigo aqui), aparece Nick Fury, o fodão da S.H.I.E.L.D, uma agência governamental do Universo Marvel que permeia praticamente todas os personagens.

Ele cita um grupo, o tal dos Vingadores, e aí que a coisa me cutucou.

Mas isso fica pro próximo, o lado nerd acabou aflorando mais que o necessário.

Serviço: Tem show do Mombojó e China (Sesc Pompéia) e do Vanguart (Outs) nesse feri, dá-lhe!

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